Alopecia é a perda anormal de cabelo em determinadas áreas do couro cabeludo ou do corpo. Esta é uma condição comum que pode afetar pessoas de todas as idades, gêneros e origens étnicas.
Ela pode se manifestar de várias maneiras, desde uma queda leve de cabelo até a calvície completa e, segundo dados da Sociedade Brasileira do Cabelo – SBC, mais de 42 milhões de brasileiros são afetados por esta condição.
Tipos de Alopecia
Existem diversos tipos de alopecia, cada um com características distintas e causas específicas.
Alopecia Androgenética
A alopecia androgenética é uma forma de queda de cabelo determinada geneticamente. Tanto homens quanto mulheres podem ser afetados por esse problema, que geralmente começa na adolescência, mas só se torna visível por volta dos 40 ou 50 anos.
Apesar do termo “andro” se referir ao hormônio masculino, muitas vezes os níveis hormonais estão dentro da normalidade nos exames de sangue. A doença se desenvolve a partir da adolescência, quando o estímulo hormonal faz com que os fios de cabelo fiquem progressivamente mais finos a cada ciclo de crescimento.
O principal sintoma da alopecia androgenética é a presença de cabelos finos, que podem diminuir de volume e deixar o couro cabeludo mais visível ao longo do tempo. Nas mulheres, a região central é mais afetada, podendo haver associação com irregularidades menstruais, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo, embora geralmente sejam sintomas discretos. Nos homens, as áreas mais afetadas são a coroa e a região frontal (entradas).
Alopecia Areata
Condição caracterizada pela perda de cabelo, ou pelos, de maneira irregular e súbita, em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo, assim como em outras partes do corpo, como cílios, sobrancelhas e barba.
Cerca de 1% a 2% da população é afetada por essa condição, atingindo ambos os sexos, todas as etnias e podendo surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos os portadores tenham menos de 20 anos.
Dentre as possíveis causas do distúrbio estão fatores genéticos, quando há outros membros da família com o mesmo problema, e fatores imunológicos, nos quais os fatores genéticos interagem com fatores ambientais, como estresse ou presença de micro-organismos, desencadeando uma resposta imunológica que afeta o folículo piloso.
Em alguns casos, a alopecia pode estar associada a doenças de natureza imunológica, como tireoidite, diabetes, lúpus, vitiligo, rinite e outras condições alérgicas.
Causas da Alopecia
Os principais agentes causadores da alopecia são fatores genéticos e hormonais. No entanto, doenças autoimunes e outras condições de saúde também podem causar este tipo de perda de cabelo excessiva, como, por exemplo:
- doenças da tireoide;
- diabetes;
- lúpus;
- vitiligo;
- rinite e outras condições alérgicas.
Outras possíveis razões para este tipo de perda de cabelo podem incluir:
- infecções causadas por fungos ou bactérias;
- traumas na área do couro cabeludo;
- hábitos compulsivos de arrancar os próprios fios de cabelo de uma determinada região;
- excesso de oleosidade, levando à dermatite seborreica;
- uso excessivo de produtos químicos no cabelo;
- má alimentação e falta de vitaminas;
- medicamentos;
- estresse.
Diagnóstico e Avaliação
Para diagnosticar a alopecia com precisão, é necessário realizar um exame clínico minucioso, além de uma análise detalhada do histórico médico do paciente, a fim de definir o melhor tratamento para este tipo de calvície.
É importante lembrar que, em alguns casos, podem ser necessários exames complementares, como tricoscopia ou biópsia do couro cabeludo, para avaliar a saúde dos folículos capilares.
Opções de Tratamento
A partir da avaliação inicial e diagnóstico correto, é possível definir o melhor tratamento, levando em conta o tipo e a gravidade da condição.
Vale lembrar que apenas a queda de cabelo causada por fatores genéticos não pode ser evitada ou retardada. Nos outros casos, é possível prevenir e retardar sua aparição através de alguns cuidados com a saúde capilar, alimentação balanceada e controle do estresse, por exemplo.
Para a alopecia areata é possível utilizar medicamentos como o minoxidil, finasterida ou dutasterida.
para a alopecia feminina podem ser sugeridos moduladores hormonais, como os anticoncepcionais orais ou a espironolactona.
É possível também realizar terapias a laser que estimulam a circulação sanguínea no couro cabeludo, promovendo o crescimento capilar.
Também há a opção cirúrgica em casos mais graves, através da realização de transplante capilar.
Quem procurar para tratar alopecia?
É muito importante procurar ajuda de um(a) dermatologista especializado(a) em tricologia, ou seja, o tratamento dos pelos, cabelos e couro cabeludo.
Só este tipo de profissional conseguirá encontrar de maneira assertiva o melhor tratamento, realizando um diagnóstico seguro, capaz, inclusive, de indicar tratamentos para causas subjacentes que podem estar levando a perda de cabelo.
Além de prescrever medicamentos, a dermatologista pode oferecer orientações personalizadas sobre cuidados com o couro cabeludo, incluindo sugestões de produtos capilares suaves e práticas de higiene adequadas para evitar a queda de cabelo.
Por isso, se você está lidando com queda de cabelo, afinamento dos fios ou outras condições que afetam sua imagem, entre em contato e marque uma consulta. Juntos, vamos melhorar sua autoestima!